outubro 21

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Quais os 6 tipos de startups e como classificar

A simples noção do que são startups nunca parece esclarecida o suficiente na mente de muitos. O nome rola pelos noticiários e headlines da internet, mas poucos são os que sabem definir. É mais fácil recorrer aos exemplos.

Fonte/Reprodução: original

Sabemos que o Google e o Facebook foram startups. O que torna essas empresas tão diferentes? Foram elas que começaram a tendência desses novos empreendimentos ainda tão distantes de nossa compreensão?

Uma startup é, por definição, um tipo completamente diferente de empresa do que estamos acostumados a ver. Engana-se quem pensa que é apenas uma “empresa nova”. Se assim o fosse, qualquer loja de roupas recém-aberta poderia ser considerada uma startup. 

Aprenda a seguir como diferenciar a startup das empresas tradicionais, seu modo de funcionamento e os seis tipos mais proeminentes no mercado atual.

O que é uma Startup?

Conceituar uma startup significa entender as suas principais características. É preciso que cada uma delas seja legítima para que um dado empreendimento, seja reconhecido como tal.

Em primeiro lugar, uma startup deve, necessariamente, ser nova, ou seja, surgir em meio ao ambiente empresarial. No entanto, essa condição de startup é temporária. Ela só permanece enquanto a empresa não se torna grande, isto é, uma força no mercado onde exerce suas atividades. O Google, por exemplo, começou como startup, mas hoje em dia é uma empresa consolidada.

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Em segundo lugar, esse tipo de empresa não pode lidar com qualquer produto ou serviço. Para ser startup, o empreendimento deve ser, acima de tudo, inovador. Trazer algo inédito, que pode transformar os rumos do mercado é mandatório para reconhecer uma empresa como uma startup. Mais uma vez, é só recorrer ao exemplo do Facebook para entender o conceito de “inovação”, na prática.

Em terceiro lugar, é preciso dar atenção à tendência que permeia o cenário das startups: a intimidade com a tecnologia. Em geral, essas empresas buscam atender às necessidades tecnológicas (especialmente do meio digital) por meio de ideias inovadoras.

Por fim, vale notar que essas empresas recebem cada vez mais atenção de investidores e ocupam papel de protagonistas inclusive no mercado de ações. Isso porque a tecnologia permeia cada vez mais as atividades e as ações humanas. Portanto, as startups devem se encontrar no centro das relações tecnológicas e econômicas.

Como funciona uma empresa startup?

Entender o modelo de negócio é a chave para compreender como a startup funciona. Por ser um tipo de empresa recente, que está nos primeiros passos, e que lida com inovação, é certo dizer que esse modelo é de risco.

O risco presente em um produto ou serviço que ainda não está consolidado no mercado é o que faz com que a startup careça de investimento inicial. Mas, a natureza incerta e tecnológica desse modelo traz uma vantagem: a escalabilidade.

Um empreendimento torna-se escalável quando a produção cresce de forma exponencial em relação aos custos. Essa é uma realidade possível nas empresas de tecnologia que trabalham com softwares, pois exercem atividades menos caras do que as tradicionais e contém em si potencial de crescer muito, se a sua oferta atender às necessidades de um público grande.

Os 6 tipos de classificações de startups

Com seu início na década de 70, e o verdadeiro “boom” que ocorreu no Vale do Silício nos anos 90, as startups tornaram-se cada vez mais abrangentes em seus campos de atuação. A variedade de nichos aumenta conforme as necessidades do mercado se apresentam e as próprias empresas buscam por inovações inteligentes.

HR tech

A sigla HR remete à profissão de recursos humanos (human resources). As HR tech estão envolvidas em trazer tecnologia para a área das relações profissionais, com o objetivo de reduzir a burocracia por meio de softwares.

Mais até do que otimizar os processos que envolvem os recursos humanos, esses tipos de startups contribuem para uma mudança de mindset, o que gera um impacto cultural dentro das empresas que dela adquirem os produtos e serviços.

Legaltech

Como o próprio nome sugere, a Legaltech promove soluções tecnológicas em meio ao espaço jurídico. Os produtos e serviços desse nicho funcionam na prática a partir de softwares de gestão, de levantamento de dados e até mesmo a criação de apps onde os clientes que possuem uma determinada demanda podem encontrar um advogado especializado naquilo.

Desnecessário é dizer que as empresas de legaltech estão causando grandes mudanças na área do Direito, justamente porque permitem relações mais específicas e a derrubada gradual da burocracia, tão característica do ramo jurídico.

Edtech

Tal qual no ramo do Direito, o campo da educação tornou-se um campo fértil para a exploração de startups. Ao invés de simplesmente declarar que o sistema educacional está falido e “dar o caso por encerrado”, as Edtechs buscam novas e inteligentes maneiras de melhorar a qualidade do ensino por meio da transformação digital. 

Acessibilidade para os estudantes e maior valorização dos professores são algumas das questões que essas startups procuram sanar.

Retailtechs

Por mais que comece em um ambiente de prevalência digital, as startups chegam também aos ramos empresariais mais tradicionais. É o caso das Retailtechs, que atuam com empresas varejistas. 

O mercado do varejo também cresceu em demanda, ainda mais por conta do comércio online, então surgiu a necessidade de otimizar a produção e o processo de venda. Por exemplo, existem startups que se ocupam de trazer segurança às páginas das lojas virtuais.Já outras focam nos processos internos, como levantamento de informações sobre o público consumidor.

Insurtechs

Mais uma vez com o termo cuja origem é o inglês, essa startup se refere a uma empresa de tecnologia que auxilia as atividades das insurance companies (seguradoras). O objetivo aqui, como regra de todas as startups, é: otimização.

Acelerar, ao mesmo tempo em que traz resultados melhores, todos os processos de uma seguradora, tais quais gerir o número de clientes, de forma a aprimorar e humanizar o atendimento, fazer mais vendas e descomplicar as negociações. 

Agtechs

Essa espécie de startup repousa no crescimento cada vez mais expansivo do agronegócio. Em termos de tecnologia, as aplicações se davam mais nos produtos em si, com o desenvolvimento de sementes e também de biotecnologia. A indústria agro ainda não era associada com o tipo de atividade que as startups promovem em outros nichos.

O cenário do agronegócio, no entanto, sofre transformações mais e mais drásticas, pois tem se tornado um verdadeiro berço para as Agtechs, que agora se ocupam tanto da área robótica, com uso de drones específicos, por exemplo, quanto da área digital, através da criação de apps e softwares voltados a esse mercado.

Vale ressaltar que o histórico da indústria agro no Brasil pode se tornar uma oportunidade muito feliz para uma genuína explosão de investimentos e desenvolvimento de Agrotechs sediadas aqui.

O que é preciso para fazer uma startup?

É comum associar a imagem da startup com a de um descolado jovem empreendedor com uma ideia brilhante. Mas, a verdade é que a inovação é apenas o começo de tudo. Abrir uma startup requer que uma série de critérios seja observada.

Compreensão acerca do mercado

Toda startup nasce para sanar um problema, atender uma necessidade, controlar uma situação. Em outras palavras, é preciso entender o que o mercado diz. Detectar os pontos não explorados a partir da compreensão das necessidades do público, que mudam e tornam-se sofisticadas com o passar do tempo.

Entendimento do que é possível

A palavra aqui é: viabilidade. Às vezes, a ideia é muito boa, mas ainda não se tem condições de botá-la em prática de maneira escalável. Quando isso ocorre, geralmente é porque a tecnologia ainda não conseguiu atender a uma dada necessidade de forma descomplicada e otimizada.

Busca por investidores

Uma startup precisa de um investimento inicial. Do contrário jamais decolará. Ao procurar investidores, é importante apresentar a ideia e o plano de ação da empresa de forma a convencê-los de que sua ideia é realmente inovadora e que gerará lucros.

Conheça outras empresas

Travar relacionamentos, exercitar o networking com outros donos de startups ajuda a entender o mercado. É, de fato, uma rede de troca de experiências onde você pode se inspirar e aprender com erros anteriores.

Dê atenção às finanças

Mesmo que sua empresa seja totalmente digital, por exemplo, tenha em mente que uma startup ainda é um negócio como qualquer outro, no sentido de carecer de boa gestão, especialmente financeira.

O que é o marco legal das startups?

O crescimento das startups tem sido tão expressivo que o governo precisou atuar, ao criar uma lei complementar com intuito de regulamentar e incentivar essas novas empresas. A nova lei possui escopo abrangente, por atingir tópicos relativos aos assuntos tributários, trabalhistas e, claro, a relação com investidores.

Quais as principais startups no Brasil?

No Brasil, o ramo das startups cresce muito, sem previsão de desacelerar. Entre as milhares de empresas existentes, algumas merecem destaque.

  • 99 Taxi
  • Nubank
  • PagSeguro
  • Stone
  • Arco Educação
  • Gympass
  • Loggi
  • Quinto Andar

Escolhemos essas startups específicas não só pela sua expressividade, mas também para exemplificar o quanto as empresas podem se alastrar por vários nichos do mercado. A Stone, por exemplo, é uma empresa de máquinas de cartão. Já a Quinto Andar lida em imóveis. Ao passo que a Arco Educação é um exemplo de edtech.

O conceito de startup pode soar alienígena para muitos. Porém, se olharmos para nosso dia-a-dia com mais zelo, logo notamos que já somos consumidores dos produtos e serviços prestados por elas. 

Essa penetração no mercado e na vida do consumidor é só mais um demonstrativo do poder da startup e do quanto ainda tem a evoluir. 


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growth hacking, marketing, startups


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