A definição de startup já começa a ficar mais conhecida, mas existe outra que ainda não é muito vista: trata-se das empresas scale-up, que no Brasil só representam 1% dos negócios.
Enquanto essa quantidade pode soar desanimadora, fato é que devido às próprias características da scale-up, na prática, esse número cresce. Você sabia que esse 1% de empreendimentos empregou cerca de 1,6 bilhão de pessoas? Divulgaram-se esses dados referentes ao período entre 2014 e 2017. De lá para cá, o volume de empregos só aumentou. É espantoso, mas apenas demonstra o impacto de uma scale-up.
Há ainda um objeto de confusão a ser discutido: scale up é startup, sim ou não? Em caso negativo, qual a diferença entre essas empresas? Outra questão frequente é se uma startup pode se tornar scale-up.
Veja a seguir o conceito de scale-up e se há diferenças em relação a uma startup. Confira também o que se deve fazer para se tornar uma scale-ups e quais são as empresas brasileiras que já atingiram esses status.
O que é uma empresa Scale-up?
Entender a definição não é difícil quando se pensa no tempo de existência da empresa. Uma scale-up é uma empresa que se encontra em uma faseparticular de evolução, onde já obteve resultados significativos. Os feitos se dão tanto no que diz respeito ao lucro quanto ao impacto que a empresa causa no mercado e na sociedade.
A repercussãotambém é uma característica das scale-ups, e decorre justamente do tempo de maturação, por se dizer. O impacto causado por uma empresa assim é algo sustentável, no sentido de “retornar” (do inglês: giving back) algo à sociedade, representada nesse caso pelo consumidor e pela cultura que o envolve.
Um exemplo de retorno comumente adotado pelas scale-ups é a mentoria. Outra forma de auxílio que também mostra o alto impacto desses empreendimentos é a sua força investidora injetada em outras empresas, que podem inclusive ser startups.
Por fim, uma das maiores distinções de uma scale-up para outras empresas é a sua capacidade de tração. Esse critério, inclusive, é medido. Para ser considerada como tal, uma empresa deve ter índice de crescimento constante de 20% durante três anos, seja em receita ou em volume de funcionários.
Toda essa gama de informações pode levar alguém a pensar que uma scale-up é, necessariamente, uma grande empresa. Mas esse não é o caso. O que define uma empresa dessas não é o tamanho, mas a rapidez de crescimento e o impacto de seu negócio.
Qual a diferença entre Startup e Scale-ups?
Mesmo após compreender individualmente as características de uma scale-up, ainda pode ocorrer confusão em relação ao conceito de startup. Portanto, é válido fazer as devidas diferenciações. Se colocarmos um fator sobre as startups como alicerce da questão, todos os outros seguirão. A maior diferença entre startup e scale é: a incerteza.
O grau de incerteza, ou seja, de imprevisibilidadeacerca do produto ou serviço de uma startup é alto. Ainda não se sabe se o que a startup oferece vai gerar retorno, e isso influencia no resto do processo. Por exemplo, a primeira diferença é a dificuldade de atrair investimento. A scale-up não sofre desse problema. Pelo contrário, é um “ímã de financiadores”.
Uma scale-up é adversa ao risco, pois já é uma empresa que possui um produtoconsolidado, apenas precisa escalar esse negócio. Já a startup ainda está na fase de provar o seu produto no mercado, portanto é capaz de assumir maiores riscos.
Os processos internos também são diferenciados, pois na startup os funcionários não exercem funções específicas. Todo mundo faz um pouco de tudo e se esforça para que o empreendimento cresça. A scale-up já passou dessa etapa, e agora tem um corpo de funcionários cujas tarefas são definidas e hierarquizadas.
Em linhas gerais, os fatores do tempo e intensidade de atividade, bem como a certeza de que o produto criado pela empresa é bem recebido pelo mercado marcam todas as diferenças entre startup e scale-up.
Quais as causas que levam uma Startup a se tornar uma Scale-up?
Uma startup se torna uma scale-up quando valida o seu modelo de negócio perante o mercado. Além do já citado crescimento de 20% ao ano, aumenta a quantidade de funcionários, que deve necessariamente começar com dez. Durante a fase de crescimento, outras coisas apontam para que uma startup vá ao próximo patamar.
Necessidade de mudar para um escritório maior
Aumento rápido de clientes
Criação de um novo site
Necessidade de intensificar a presença nas redes sociais
Iniciar em negócios internacionais
Precisar contratar um profissional de RH
Mudar a identidade visual da marca
Todos esses fatos sinalizam que a empresa passa por mudanças, isto é, que deixa lentamente de ser uma startup, para se tornar um empreendimento de maior força.
O que fazer para se tornar uma Scale-up?
Para chegar ao ponto de ser necessário implementar as mudanças citadas acima, há que se prestar a muito trabalho. Mas existem alguns passos que todos os empreendedores que lideram as scale-ups deram.
A experiência em outras empresas conta muito. Isso é provado pelo fato de que a maioria dos empreendedores em scale-up já possuíam vivência no ambiente corporativo previamente.
Não cair na tentação de sair na correria atrás do que o mercado “deseja” também é uma boa ideia. É mais fácil vender um produto com o qual se está familiarizado. Quanto mais você conhece um produto, mais será capaz de descobrir seus benefícios e formas de inovar no nicho de mercado correspondente.
O modelo de negócios pesa mais do que o plano de negócios. Isso porque o plano deve ser moldado conforme as situações se apresentarem, ao passo que o modelo representa a essência de uma empresa, ainda mais uma que deseja tornar-se em scale-up.
Por fim, se você sabe que o seu produto é bom, e se já o validou (é certeza de retorno) é hora de buscar investidores. São eles que tornarão possível a escalada definitiva do negócio.
Scale-ups: quais as empresas que mais crescem no Brasil?
Apesar de ainda ser uma categoria de empresa pouco conhecida, as scale-ups brasileiras ganham cada vez mais força. São elas:
Conta Azul
Acess
Grupo FX
Neger Telecom
Restaurante Madeiro
Acesso Soluções de Pagamento
É interessante notar que nem todas as empresas citadas estão relacionadas ao ramo da tecnologia. Ser scale-up não é sinônimo de ser uma tech company.
Quais características das Scale-ups no Brasil?
Outro ponto válido é saber que a maioria das scale-ups brasileiras, embora jovens, são bem menos recentes do que as startups. Em geral, uma empresa começa a partir para o grau de scale-up quando já atua há mais de dez ou vinte anos no mercado.
Além disso, cerca de 92% das empresas no Brasil que são scale-ups também se encontram na categoria de pequenas e médias empresas. Outro dado curioso é que boa parte desses empreendimentos, cerca de 60%, se encontram em cidades pequenas, com cerca de 500 mil habitantes, em todas as regiões do país.
Qual a influência de Scale-ups na economia brasileira?
De acordo com dados levantados pelo Sebrae, as scale-ups são responsáveis por gerar muito mais empregos do que as companhias tradicionais. Ainda segundo o mesmo estudo, somente no Rio de Janeiro existem 5 mil empresas scale-ups.
Afora os já mencionados 1,6 milhões de empregos. Isso ocorre porque a rápida escalada dessas empresas pede um número de funcionários cada vez maior e especializado. Mais uma vez pelo uso dos números, fdescobriu-se que as empresas scale-up superam as tradicionais em 100% de criação de novos empregos.
Por óbvio, com tantas pessoas contratadas, a economia sente como investimento e poder de compra. Conforme pesquisa feita pelo IBGE, as scale-ups se tornaram responsáveis por levantar R$ 250 bilhões ao PIB anual.
Após conferir em detalhes o que torna uma empresa em uma scale-up, é possível compreender os motivos por trás de seu crescimento vertiginoso. Além disso, a repercussão que esses empreendimentos têm no mercado, na economia e na sociedade brasileira são apenas alguns dos motivos para que o empreendedor se anime e um dia torne o seu negócio em uma scale-up também.
Essa carta a geração Z é um compilado de reflexões sobre tecnologia. A transformação digital que vivemos vai muito além da Inteligência Artificial. Acho que vivemos tempos de muita desesperança, mas a verdade é que o planeta nunca enfrentou tanta bonança. Mas calma, deixa eu te explicar o porque do meu otimismo daqui a pouquinho,
Nesse estudo de Caso, você vai ver mais do que um simples compilado de estratégias. Você verá o que fizemos para esgotar os ingressos em um evento presencial de alto ticket. E claro, você pode até pensar que é simples vender eventos presenciais, ainda mais quando os nomes são conhecidos. Mas é necessário abusar de