novembro 19
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A simples noção de startups já é algo que confunde a cabeça de muitos. Uns pensam ser uma empresa que acabou de nascer, ao passo que outros tantos imaginam que somente companhias envolvidas no meio digital podem ser startups.
Há muitos conceitos jogados pela internet, mas a maneira mais sucinta e eficaz de descrever uma startup é como uma empresa recente, dedicada a trazer inovações para o mercado e o consumidor. E dentro da própria definição de startups é comum encontrar termos como “pivotar” e “unicórnio”.
Como reconhecer uma empresa como startup? Quais são as startups de sucesso no Brasil e no mundo? Uma boa forma de entender todo esse mundo imerso em modernidade é através dos exemplos.
Neste artigo você conhecerá quem são as empresas que mais cresceram, e o seu envolvimento em meio ao cenário interno e externo, isto é, no Brasil e no globo. Além de ter um vislumbre das startups do mundo inteiro cuja evolução é notável.
Toda empresa que se estrutura com base em um modelo de negócios que pode ser escalável, isto é, com potencial de crescimento exponencial em um mínimo de tempo, pode se enquadrar nessa categoria.
Quando nos referimos ao modelo de negócios, isso se traduz em como a empresa irá atender às demandas do cliente. Esse conceito não deve ser confundido com plano de negócios, que é a série de estratégias a serem postas em prática com o fim de atingir metas da empresa.
No caso das startups, o modelo de negócios sempre terá base em tecnologia. Não necessariamente se aplicará apenas em empresas de apps ou softwares. Por exemplo, há um número crescente de startups dedicadas ao agronegócio.
Outra característica de uma startup é a questão de sua própria sobrevivência. O modelo deve ser repetível e escalável. Na prática, o produto ou serviço deverá atingir uma quantidade massiva de pessoas para que o lucro seja gerado com velocidade. Isso é essencial, pois a natureza dos produtos e serviços é de inovação, portanto imprevisível.
Em resumo, as startups são empresas muito jovens, que lidam com tecnologia e inovação, de modo a prover uma demanda do público consumidor que nenhuma empresa acolheu ainda. A forma de atender esse anseio do consumidor é através da repetição e otimização.
Com origem no inglês “pivot”, essa é a noção de “virada” para as empresas que deram certo. Em verdade, significa uma mudança grande, sem que a startup seja removida de sua área.
Mas pivotar não implica em qualquer mudança. Durante os planejamentos que precedem os planos de ação e as execuções das estratégias, é comum uma empresa mudar suas táticas. Tudo deve ser adaptado à realidade que a cerca. Pivotar trata-se de uma mudança estrutural que modifica a empresa de um jeito enfático. O que permanece é apenas natureza dos produtos ou serviços oferecidos.
O Facebook é citado como exemplo, pois se tornou uma plataforma gigante de anúncios e retenção de dados, mas jamais deixou de ser o que já era desde os seus primórdios: uma rede social, um ambiente de conexão entre pessoas.
O movimento da “pivotagem” que leva às startups a um crescimento colossal em relação ao início do empreendimento, acontece cada vez mais em nosso país. Temos como exemplo de empresas startup no Brasil que fizeram o pivot.
O importante é compreender que pivotar não significa uma mudança brusca devido ao desespero para manter a empresa viva. Pelo contrário, é uma decisão que surge quando a própria empresa atinge o seu próprio momento da virada.
Em geral, ocorre quando o empreendedor percebe que sem a mudança poderá ter prejuízos ou a perda de uma oportunidade única de evolução.
Se o mercado brasileiro é uma espécie de espelho refletor do estrangeiro, especialmente dos Estados Unidos, com certeza é compreensível que as startups internacionais tiveram seu próprio momento de pivot. As mais conhecidas são:
Ao tomarmos o YouTube como um dos maiores exemplos de “pivot”, vamos entender rapidamente o impacto dessa decisão para a empresa, para seu público e até mesmo para a economia.
No começo, a intenção dos criadores do YouTube era construir uma rede de vídeos onde as pessoas pudessem marcar encontros, como se fosse o Tinder. Porém, essa ideia não funcionou. Eles passaram então a abrir a plataforma para qualquer categoria de vídeo. De lá para cá, a rede de vídeos só cresceu, de modo a promover mudanças até no mercado do entretenimento.
Hoje em dia, a maior parte dos conteúdos em vídeo disponíveis na internet é alocada no YouTube. O sucesso é tão estrondoso que a plataforma mudou a cultura também. Atualmente, ser um “youtuber” virou profissão e status de popularidade e valor.
Também vale citar o exemplo da Amazon, que teve início como um E-Commerce de livros, mas que se agigantou para um E-Commerce de “tudo”. E um novo movimento de pivot está no horizonte dessa empresa, que recentemente abriu caminho para o mercado dos streaming.
São todas as empresas que se encontram em uma situação de pivotar, de crescer de uma forma estrondosa, ao mesmo tempo em que mantém suas origens? A resposta é: não. Em um ambiente digital recheado de novos empreendimentos e marcas a cada turno, uma startup que realmente prevalece no mercado é tão rara que passou a ser chamada de “unicórnio”.
Uma característica das startup unicórnio é o seu valor de mercado antes mesmo de ser ofertada ao público pela primeira vez: um bilhão de dólares. Esse valor é atribuído a esse tipo de empresa antes mesmo de ela possuir capital na bolsa de valores.
Por mais “mitológico” que o conceito possa soar aos nossos ouvidos, o Brasil já conta com uma lista de 21 startups que deram certo ao ponto de serem reconhecidas como unicórnios. Dentre elas, destacam-se:
Os nomes selecionados dão exemplos de startups de sucesso no Brasil, que estão espalhadas por diversos segmentos. Pode ser do Nubank, que é um banco digital, até a Gympass, que atua no nicho do bem-estar.
O melhor de tudo é que esse número pode ser quadruplicado num espaço de cinco anos. A Associação Brasileira de Startups estima que a quantidade de unicórnios pode chegar até 100 no decorrer desse período.
Já no resto do mundo a realidade é ainda mais estrondosa. Até a segunda metade de 2021, foram identificadas 805 startups unicórnios em todo o globo. Podemos destacar as mais e menos conhecidas do público geral.
Mais de 300 startups que deram certo entraram para o “clube” só neste ano. Além disso, o crescimento na indústria dos games é sempre expressivo. Os unicórnios desse segmento atingiram a marca de quase 200 bilhões de dólares em estimativa de valor.
É valioso prestar atenção aos requisitos para abrir uma startup, como a natureza tecnológica e inovadora dos modelos de negócios. Assim, fica fácil entender os motivos por trás de tantas empresas que deram certo, no Brasil e no mundo. Mesmo que seja estranho dimensionar os valores dessas startups, é possível sentir a força delas em diversos aspectos de nossas vidas.
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